sexta-feira, abril 17, 2015

A minha história


Sou Vigilante do Peso há algum tempo/anos. Comecei, parei, comecei de novo, parei, comecei pela terceira vez e não parei. Engordei todas as vezes em que parei. Já teria dado tempo de atingir a minha meta, mas tem algumas pedras no meu caminho (assim como em todos os caminhos). Sei que a pedra principal está dentro da minha cabeça.

Tenho mil desculpas: a cirurgia do Gui, a reforma da casa (que ainda não acabou, grrrrr), a parada total e absoluta das atividades físicas... a dor no ombro/braço, a minha mãe, que ficou doente no Carnaval, a Biba, que vai viajar, os problemas no trabalho e até no trabalho voluntário, os milhões de atividades a que me propus neste ano - tem coisa demais na minha agenda. Ou seja, a lista é gorda. E e fico gorda em solidariedade à lista.

O fato de estar em uma fase especialmente feliz da minha vida também atrapalha, por incrível que pareça. Porque assim tem muitas comemorações - COME-morações.

Mas não, alguma coisa tem que acontecer de diferente nesta semana. Hoje, a orientadora Adela falou uma coisa muito importante: "eu posso, eu acredito, eu mereço". Essa frase - na verdade são 3 frases, mas funcionam muito bem assim unidas - serão meu mantra de hoje até a próxima sexta, para que eu me mantenha firme no meu objetivo.

Outra coisa muito legal que aconteceu na reunião de hoje: eu me dei conta de que estou parada desde o dia 31 de janeiro, quando eu estava com 68,8 quilos (agora estou com 68,5 desde a semana passada). Baixar dos 70 foi difícil / fácil. Mas depois que eu baixei, estacionei. Talvez seja porque eu acho que já tá bom, inconscientemente. Tem gente que chega ao meu peso depois de perder 30, 40 quilos e acha que tá ótimo.

Mas hoje, de novo, na reunião, tivemos o depoimento de uma associada que ainda não tá no peso ideal, mas continua na luta, dizendo que a gente tem que se comparar com quem tá melhor do que a gente, e não com quem tá pior. São esses insights que nos movem (eu e as pessoas que querem emagrecer).

Teve ainda a parte do pacote de arroz de cinco quilos, para que as pessoas se conscientizassem de quantos quilos extras elas estavam carregando - as que eliminaram este peso extra das suas vidas, entre as quais eu me incluo.

E, finalmente, no caderninho, havia algumas perguntas bacanas que eram para ser feitas não a mim agora, mas à Silvia do futuro, que conseguiu atingir a meta:
1) Como você se sentia antes de aderir ao Vigilantes do Peso?
Tem algumas palavras de sugestões. Eu escolhi: infeliz, não saudável, confusa, frustrada e fora de controle (e feia, que não estava na listinha).

2) O que fez você acreditar que podia mudar?
O começo da perda de peso, quando percebi que estava tudo ao meu alcance. Que eu podia nadar, fazer aulas de treinamento funcional, que bastava que eu quisesse. (A dor no ombro foi no sentido oposto, me fez ter vontade de desistir).

3) Como você se sentiu ao atingir a sua meta?
(eles também sugerem uma lista de palavras e eu escolhi quase todas)
Bem-sucedida, aliviada, triunfante, com experiência, saudável, invencível, eufórica, grata, sábia, transformada, motivada e esperançosa (e acrescentei: bonita!)

4) (esta pergunta é muito importante): Como você pode garantir que sua relação com a comida mudou para sempre??
Ao me tornar uma pessoa mais magra, descobri que tenho o poder de mudar todas as situações desagradáveis que me incomodam na vida, não somente o fato de estar acima do peso. Cada um de nós tem dentro de si uma semente capaz de florescer e de nos mostrar que somos pessoas importantes e interessantes sim, e que temos direito a toda a felicidade deste mundo! Eu quero. Eu me permito. Eu posso. Eu acredito. Eu mereço".